Fósseis de jacaré que viveu há 8 milhões de anos são achados no Acre

on terça-feira, 24 de maio de 2011

Fragmentos da mandíbulas de jacarés de médio porte que teriam vivido há 8 milhões de anos na Amazônia foram identificados por pesquisadores da Universidade Federal do Acre (UFAC). Os fósseis haviam sido descobertos em 1999 no município de Senador Guiomard, às margens do Rio Acre, mas até então estavam guardados no Laboratório de Paleontologia da universidade.

Segundo o doutor em paleontologia e especialista em jacarés fósseis Jonas Pereira de Souza Filho, que também é professor associado da UFAC, é comum os laboratórios deterem material de campo que não é aberto nem estudado de imediato. Uma análise mais detalhada desse animal, que tinha cerca de 2,5 metros, está sendo feita. O réptil assemelha-se ao atual jacaretinga (Caiman crocodilus), que habita a região, mas a diferença é que aquele tinha um focinho mais alongado.

O nome oficial da nova espécie ainda está em discussão, mas deve homenagear a Amazônia. Os pesquisadores preparam agora um artigo científico sobre a descoberta, que deve ser apresentado em setembro durante um encontro na Argentina sobre paleontologia de vertebrados. O passo seguinte será publicar o achado em uma revista científica.

De acordo com Jonas Filho, o Acre está em uma zona de sedimentação propícia para a fossilização. Essas pequenas partes de mandíbulas, portanto, são o indício de que outros animais, ainda inéditos para a ciência, podem ser encontrados no futuro. “Ainda há muita coisa para se descobrir e falar sobre a nossa pré-história. Essa é apenas a ponta do iceberg da paleontologia”, disse.

Em 1986, foi localizada no Acre a peça mais completa do jacaré gigante Purussaurus brasiliensis, um dos maiores predadores que já viveu na Amazônia. Além disso, o estado é uma importante fonte de informações pré-históricas: nele já foram identificados quase 300 geoglifos, desenhos no solo que podem ter sido feitos por civilizações antigas.


Fonte:G1

Como é feita a cerveja

on quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Via de regra, as cervejas são feitas com água, cevada maltada e lúpulo, fermentados por leveduras. A adicção de outros condimentos ou fontes de açúcar é normal.


A cerveja é resultado da fermentação alcoólica preparada de mosto de algum cereal maltado, sendo o melhor e mais popular a cevada.

Como é composta principalmente por água, a origem dessa água e as suas características têm um efeito importante na qualidade da cerveja, influenciando, por exemplo, o seu sabor. Muitos estilos de cerveja foram influenciados ou até mesmo determinados pelas características da água da região.

Dentre os maltes, o de cevada é o mais frequente e largamente usado devido ao seu alto conteúdo de enzimas, mas outros cereais maltados ou não maltados são igualmente usados, inclusive: trigo, arroz, milho, aveia e centeio.


A introdução do lúpulo foi relativamente recente na sua composição. Acredita-se que tenha sido introduzido apenas há umas poucas centenas de anos atrás. Usa-se a flor do lúpulo para acrescentar um gosto amargo que equilibra a doçura do malte e possui um efeito antibiótico moderado que favorece a atividade da levedura de cerveja em relação a organismos menos desejados durante a fermentação. As leveduras, nesse processo, metabolizam os açúcares extraídos dos cereais, produzindo muitos compostos, incluindo o álcool e dióxido de carbono.


Dezenas de estirpes de fermentos naturais ou cultivados são usados pelos cervejeiros, sendo, de um modo geral, divididos em três gêneros: fermentação alta (ale), baixa fermentação (lager) e leveduras selvagens.


1. Cerveja do tipo ale produzida originalmente na Inglaterra, esta cerveja é fabricada a partir do processo de fermentação alta, isso porque a fermentação ocorre à uma temperatua elevada, entre 15°C e 20°C, facto que leva as leveduras a subirem à superfície, resultando em uma cerveja forte e encorpada;


2. Cerveja do tipo lager, amarga, de coloração dourada e bastante transparente. É o estilo de cerveja mais consumido no Brasil.


A cerveja foi uma das primeiras bebidas alcoolicas produzidas pelo homem, por meio de fermentação alcoolica.

Fonte:Wikipédia

Quem foram os fenícios

Fenícia (em fenício: ��‏��‏��‏��‏, Kana`an; em hebraico: כנען, Kna`an; em grego antigo: Φοινίκη, Phoiníkē; em latim: Phœnicia; em árabe: فينيقيا) é nome dado a antiga civilização que teve seu epicentro no norte da antiga Canaã, ao longo das regiões litorâneas dos atuais Líbano, Síria e Israel.[1]

A civilização fenícia caracterizou-se por uma cultura comercial marítima empreendedora que se espalhou por todo o Mediterrâneo durante o período que foi de 1550 a.C. a 300 a.C.. Embora as fronteiras antigas destas culturas antigas fossem incertas e inconstantes, a cidade de Tiro parece ter marcado seu ponto mais meridional. Sarepta (atual Sarafant), entre Sídon e Tiro, é a cidade mais extensivamente escavada pelos arqueólogos em território fenício.

Os fenícios realizavam comércio através da galé, um veículo movido a velas e por remos, e são creditados como os inventores dos birremes.[2]

Não se conhece com exatidão a que ponto os fenícios viam a si próprios como uma única etnia; sua civilização estava organizada em cidades-estado, de maneira semelhante à Grécia Antiga; cada uma destas constituía uma unidade política independente, que frequentemente se entravam em conflito e podiam dominar umas as outras - embora também colaborassem através de ligas e alianças.[3]

Os fenícios também foram a primeira sociedade de nível estatal a fazer uso extenso do alfabeto; o alfabeto fonético fenício é tido geralmente como o ancestral de todos os alfabetos modernos. Os fenícios falavam o fenício, que pertence ao grupo de línguas cananeias da família linguística semita.[4][5] Através do seu comércio marítimo, difundiram o uso do alfabeto pelo Norte da África e pela Europa, onde foi adaptado pelos antigos gregos, que por sua vez o repassaram para os etruscos e romanos.[6] Além de suas muitas inscrições, os fenícios teriam deixado diversos outros tipos de fontes escritas, que não sobreviveram à passagem do tempo. A Preparação Evangélica, de Eusébio de Cesareia, cita de maneira extensa Filo de Biblos e Sancuniaton.

Os fenícios são muito conhecidos por terem inventado a primeira versão de um Alfabeto, muito primitivo.

História

A civilização fenícia tinha um plano econômico centralizado no comércio marítimo. Entre os séculos X e I a.C., os fenícios criaram entrepostos comerciais ao longo de todo o Mediterrâneo, chegando às costas atlânticas da península Ibérica e norte da África.

Seus principais adversários comerciais, e consequentemente bélicos, eram os gregos, que são uma de suas primeiras e mais importantes influências (principalmente os micênios) sociais e políticas. Infelizmente, os fenícios não deixaram a literatura ou registros escritos em materiais resistentes ao tempo, e por esse motivo o que se sabe da sua escrita provém apenas de curtas inscrições em pedra.

As suas cidades principais foram Sídon, Tiro, Biblos e Beritus (atual Beirute), na Costa do Levante. Biblos, Sidon e Tiro foram, de forma sucessiva, capitais desse império comercial. No norte da África, existiram Cartago, Útica dentre outras. Na atual Itália, no extremo oeste da ilha da Sicília, havia uma cidadela portuária estratégica, rodeada de muralhas, chamada Motya. Sarepta, no sul da Fenícia, região do atual Oriente Médio, é onde se realizaram as mais profundas escavações arqueológicas. Os Fenícios chegaram à Espanha e a atual Itália, fundando colônias onde hoje repousam cidades como Cádis (Espanha) e Palermo e Cagliari (Itália).

A marinha fenícia era uma das mais poderosas do mundo antigo. Com a frota feita a base de cedro, árvore típica da região, símbolo inclusive registrado na bandeira do Líbano. Suas embarcações, dotadas de aríetes de proa, quilha estreita e vela retangular, eram velozes e mais fáceis de manobrar. Com isso, os fenícios mantiveram sua superioridade naval por séculos. Quando a Pérsia tomou controle da Fenícia, no século VI a.C., os persas passaram a utilizar a engenharia naval fenícia para tentar controlar o Mediterrâneo, o que não era tão mal visto pelos fenícios, já que os persas lhes davam certa autonomia política e religiosa, e os gregos eram seus inimigos há séculos. Na expedição de Xerxes em 480 a.C., havia três dos mais renomados "almirantes" fenícios em sua frota. Em certa feita, durante o reinado do rei persa Cambises II da Pérsia, os persas contavam com o apoio naval dos fenícios para conquistar o norte da África. Mas os navios retrocederam após um ataque ao Egito, pois constava nos planos dos persas um ataque à colônia fenícia de Cartago.

Após o século IV a.C., quando a Fenícia foi ocupada pelos macedônios de Alexandre, o Grande, a Fenícia deixou de existir como uma unidade política, e seu território original deixou de ser governada pelos fenícios. Vale lembrar que Alexandre tem fortes raízes na Grécia, inimigos dos fenícios. No entanto, suas colônias ao longo da costa do Mediterrâneo, como Cartago na Tunísia, Gadir na Espanha, Panormo na Sicília e Tíngis (atual Tânger, no Marrocos) continuaram a prosperar como importantes portos e entrepostos comerciais, especialmente aquela primeira cidade, que se tornaria centro da civilização fenícia.

A influência fenícia declinou após as derrotas nas Guerras Púnicas contra o Império Romano, no século II a.C..

O nome Fenícia deriva do nome grego da área: Φοινίκη — Phoiníkē. O nome Espanha vem de uma palavra fenícia que significa "costa de coelho". Quanto à religião, os fenícios eram politeístas, e talvez admitissem sacrifícios humanos.

Na Bíblia, o rei Hiram I de Tiro é mencionado como tendo cooperado com o rei Salomão na organização de uma expedição ao Mar Vermelho e na construção do Templo de Salomão. Este templo foi construído de acordo com desenho fenício, e as suas descrições são consideradas como a melhor descrição existente que temos do que terá sido um templo fenício. Os fenícios da Síria também eram chamados siro-fenícios.

Os fenícios foram um povo de comerciantes com descendência de Cam (figura da mitologia judaica de existência não-comprovada) que saíram do norte da região hoje conhecida como Líbano para o norte da África em busca de novas rotas e que por um grande período de tempo dominaram o comércio no Mediterrâneo. Assim, os fenícios fundaram portos e cidades em lugares tão longínquos quanto a costa norte de África e a Espanha.

Após períodos consecutivos de dominação assíria, persa e macedônica, a região de origem dos fenícios perdeu seu poder, ao passo que uma das colônias fenícias do Mediterrâneo, Cartago, ascendeu como um dos portos mais importantes do Mediterrâneo. Em um intervalo de 120 anos, entre os séculos III e II a.C., os fenícios de Cartago disputaram o controle do mediterrâneo com a República Romana nas Guerras Púnicas. Após sua derrocada em 146 a.C., pouco restou da cultura fenícia no Mar Mediterrâneo.

Economia

Os primeiros habitantes tentaram desenvolver a agricultura, junto com a pesca e a caça, mas isto não foi possível. Apesar disso, a posição geográfica da Fenícia era estratégica, pois localizava-se nos cruzamentos das principais rotas comerciais entre o Ocidente e o Oriente. Então, os fenícios começaram a desenvolver o comércio, que foi a principal atividade econômica da Fenícia. Os habitantes tornaram-se famosos por serem grandes comerciantes e navegadores.
[editar] Navegação

O domínio do Mar Mediterrâneo favoreceu a fundação de colônias, como a de Cartago, Sicília e Cádiz. Houve o grande domínio de pontos comerciais. Havia também uma certa pirataria e um segredo das rotas. Por serem grandes navegadores, os Fenícios sabiam rotas estratégicas e atalhos marítimos como ninguém.
[editar] Estrutura social

A sociedade, como quase todas as outras sociedades da Antiguidade, era dividida em estratos sociais. O grupo dominante estava entre ricos comerciantes, proprietários de terras, armadores e sacerdotes. O estrato social mais baixo fazia parte da maioria da população: artesãos, camponeses e escravos também habitavam a região.
[editar] Artesanato e comércio

A madeira foi uma das maiores fontes de riqueza dos fenícios. As montanhas da região eram cobertas por florestas de cedro, madeira leve e resistente, apropriada para a construção de embarcações.

Além disso, desenvolveram a metalurgia, a tecelagem, a tinturaria, cerâmica, fabricação de vidros, joias e corante púrpura para tecidos, este último extraído de um líquido do caramujo Murex pecten.
[editar] A vida política

A região Fenícia era organizada em cidades-Estados independentes. Existia uma certa rivalidade entre as cidades, mas a comunicação entre elas era dificultada, por conta das cadeias de montanhas que existia ao longo da costa. O tipo de governo existente na época era a Talassocracia, que dominava os comerciantes marítimos na política das cidades-Estado. O poder do chefe político que era o rei, era limitado por um conselho de comerciantes e armadores.[7]
[editar] Cultura

A constante presença de potências estrangeiras na vida cultural da Fenícia parece ter sido a causa de sua pouca originalidade: as sepulturas fenícias, por exemplo, eram decoradas com motivos egípcios ou mesopotâmicos.Mesmo assim, os Fenícios deixaram para nós o maior legado cultural da Antiguidade: um alfabeto fenício fonético simplificado, com cerca de 22 letras, que inovava em relação a outros sistemas de escrita da antiguidade por basear-se em sinais representando sons, em vez de pictogramas. Esse alfabeto é o ancestral de grande parte dos alfabetos usados no mundo (como o grego, o latino, o árabe e o hebraico). Vale ressaltar que a invenção da escrita é atribuída aos Sumérios, uma das mais antigas civilizações mesopotâmicas(4 000 a.C. - 1 900 a.C.),com o objetivo de registrar as transações comerciais. O primeiro alfabeto fenício foi adaptado a partir desse sistema silábico de escrita cuneiforme sumério.

Os principais destaques da cultura fenícia foram: cristais transparentes, tecidos (principalmente de púrpura), armas, jóias, objetos de bronze, couro curtido e estatuetas de barro esmaltado.
[editar] Religião

Os fenícios tinham a mesma religião que os cananeus. Cada cidade possuía seu próprio panteão, dominado por uma divindade ou casal divino. Estes deuses eram mais conhecidos pelos seus títulos: "Senhor'" (Baal; Adôn, em grego, Adônis), "Rei da cidade" (Melcart), "Deusa" (Astartéia ou Istar), "Dama" (Baalat). A divindade era frequentemente representada por pedras (bétilos), erguidos em altares nas partes mais altas da cidade.

Baal era o deus associado ao sol e às chuvas. Aliyan, seu filho, era a divindade das fontes. Astartéia era uma deusa vinculada à riqueza e à fecundidade.

Os fenícios conservavam ritos bem arcaicos, como a prostituição divina e o sacrifício de crianças (em particular dos primogênitos) e de animais. A maioria dos rituais religiosos eram feitos ao ar livre.

Fonte:Wikipédia

Como surgiram os calendários

O que são os calendários? Os primeiros calendários eram instrumentos destinados a fornecer as indicações astronômicas ou astrológicas (dia e mês). Normalmente eram construídos com dois ou mais discos perfurados e marcados, que ao serem posicionados corretamente entre si forneciam os valores desejados

Atualmente, calendário é um sistema de contagem de tempo relativamente longo (maior que um dia). Os calendários atuais são formados por um conjunto de regras baseadas nas Astronomia e em convenções culturais. O calendário é uma escala que divide o tempo em dias, semanas, meses e anos

Como surgiram? Os calendários surgiram com a necessidade do homem de contar o tempo e controlar suas atividades. Surgiram inicialmente para pequenos períodos de tempo (dias e semanas) e posteriormente para programar os plantios e colheitas, determinados pelas estações.

Mas a determinação precisa dos dias de início de uma estação e fim da outra só era feita por sacerdotes muito experientes, que tivessem financiamento para construir e manter os observatórios, que eram caros e precários - normalmente eram os reis que financiavam os sacerdotes, por isso, era difícil para os agricultores do país todo fazer uma determinação de início e fim das estações.

A partir dessa necessidade os sacerdotes elaboraram os calendários que eram registros escritos dos dias onde eram marcadas datas de cheias, plantios e colheitas. As estações ocorriam e ocorrem de forma regular a cada 365,25 dias, que é a duração do nosso ano. Então, bastava fazer a contagem correta dos dias e marcar os dias de início e fim das estações como temos hoje (21 de junho início do inverno, 22/23 de setembro início da primavera, 21/22 dezembro início do verão e 21 de março início do outono).


O nosso calendário


A duração exata do ano é 365,242199 dias. Esse não é um número inteiro de dias, ou seja, o ano dura: 365 dias + 5 horas + 48 minutos + 47 segundos, que é o tempo para que a Terra de uma volta completa ao redor do Sol. Por causa da falta de precisão nas observações os antigos arredondavam para 365 dias + 6 horas. Porém se somarmos seis horas a cada ano em quatro anos as estações ficam defasadas um dia.

Por isso existe o ano bissexto, ou seja, a cada quatro anos o ano tem 366 dias para que as estações não fiquem defasadas com o passar do tempo. Se não houvesse o ano bissexto em 360 anos o inverno estaria começando no outono, ou seja, o início de todas as estações estariam atrasadas 90 dias. Em 720 anos o verão estaria começando no inverno.

A sugestão de inserir um dia a mais a cada quatro anos foi feita pelo astrônomo Sosígenes de Alexandria ao imperador Júlio César no ano 46 a.C. e por isso esse calendário passou a ser chamado de "Calendário Juliano" em homenagem ao imperador.

CURIOSIDADE


O calendário atual é mais preciso que o calendário Juliano e considera o ano corretamente, ou seja, 365 dias + 5 horas + 48 minutos + 47 segundos, menor que 365 dias e 6 horas. Como só é possível contar o ano usando dias inteiros, a solução foi ajustar a contagem através da colocação ou retirada de anos bissextos (anos com 366 dias) nos anos que são múltiplos de quatro.

Para entender melhor essa contagem vamos transformar o ano correto em frações de dias, ou seja, 365 dias + 1/4 dia - 1/100 dia + 1/400 dia - 1/3300 dia. Dessa maneira basta olhar o denominador e o sinal da fração para saber de quantos em quantos anos o ano bissexto existe ou deixa de existir.

Exemplificando, (+1/4) representa que todo ano múltiplo de 4 é ano bissexto, mas (-1/100) representa que todo ano múltiplo de 100 não é bissexto mesmo sendo múltiplo de 4 e (+1/400) representa que todo ano múltiplo de 400 é bissexto mesmo sendo múltiplo de 100. Então o ano 2000 será bissexto, porque é múltiplo de 400, mas o ano 1900 não foi e o ano 2100 também não será bissexto, pois são múltiplos de 100. Assim as estações nunca ficam defasadas.

Esse é o calendário mais preciso que existe, é chamado de "Calendário Gregoriano" e é o calendário que nós usamos atualmente. Ele foi adotado em 1582 pelo Papa Gegório XIII, com o objetivo de determinar corretamente a data da Páscoa. Veja que mesmo antes de existir o telescópio as observações astronômicas já eram bastante precisas para conseguir saber a duração exata do ano.



Outros Calendários


Na antigüidade a comunicação entre os povos e principalmente entre os sacerdotes de cada nação era difícil devido à demora no transporte das informações, por isso trocar informações era algo muito demorado para que os calendários fossem os mesmos. Além disso, cada rei queria impor sua autoridade e impunha o calendário que lhe era conveniente. Por essas razões muitos calendários foram criados. Os principais eram:

Calendário Babilônico: o ano não tinha um numero de dias fixo. O ano era dividido em 12 meses lunares de 29 ou 30 dias cada o que somava 354 dias. Para acertar a data das estações do ano os babilônios adicionavam um 13o mês a cada três anos, assim as estações não ficavam muito defasadas com o passar do tempo, mas essa adição do 13o não era muito regular, por causa da dificuldade no transito das informações. Também faziam a divisão do mês em semanas de sete dias.

Calendário Egípcio: é um calendário baseado no movimento solar. O ano tinha 365 dias, divididos em 12 meses de 30 dias que somam 360 dias e mais 5 dias de festas depois da colheita. Eles tinham conhecimento de que o ano tinha 365,25 dias, mas até serem invadidos pelos romanos no século I a.C. eles não faziam a correção de adicionar um dia a mais a cada quatro anos.

Calendário Grego: baseado nos movimentos solares e lunares, seguindo um padrão parecido com o calendário babilônico, porém a intercalação do 13o mês era bem mais bagunçada.

Os índios americanos - Maias, Astecas e Incas também tinham calendários baseados principalmente no mês lunar.

Hoje em dia temos basicamente três calendários em vigência no mundo. Um deles é o calendário que nós usamos e que conta os anos a partir do nascimento de Cristo, ou seja, o ano em que Cristo nasceu foi o ano 1, outros são os calendários muçulmanos e israelitas que não consideram o nascimento de Cristo e por isso apresentam anos diferentes do nosso.

O calendário israelita é baseado no babilônico. Uma curiosidade é que o dia desse calendário como do muçulmano inicia-se com o por do Sol e não a 00h00min como o nosso calendário. O primeiro dia de cada ano novo não pode cair na quarta, sexta ou domingo. Se isso acontecer o início do ano é transferido para o dia seguinte.

As divisões dos calendários


As unidades básicas dos calendários são os dias. Os dias normalmente são agrupados em porções maiores que formam as semanas e os meses as estações e os anos. Esses agrupamentos ocorrem para facilitar a contagem como fazemos naturalmente com os números. Os seres humanos tinham a necessidade de contar a passagem do tempo e descobriram que a própria natureza se encarregou de fornecer agrupamentos que ajudavam nessa contagem.

As semanas: Existem dois motivos que fizeram os antigos agrupar sete dias para formar uma semana, um deles é baseado nas fases da lua. Se você observou as fases da lua irá perceber que entre o quarto crescente e a lua cheia passam-se sete dias. Vimos que muitos calendários são baseados na lua para formar os agrupamentos.

Outro motivo que deu origem a esse agrupamento de sete dias para formar a semana eram os astros visíveis no céu a olho nu. Na antigüidade podiam ser vistos sete astros no céu e que não eram estrelas; o Sol, a Lua, e cinco planetas: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Por isso muitos povos deram a cada dia da semana o nome de um desses astros. Em muitos idiomas esses nomes estão presentes até hoje, veja a tabela abaixo.


Astros Espanhol Italiano Inglês Português
Sol Domingo Domenica Sunday Domingo
Lua Lunes Lunedi Monday Segunda-feira
Marte Martes Martedi Tuesday Terça-feira
Mercúrio Miercoles Mercoledi Wednesday Quarta-feira
Júpiter Jueves Giovedi Thursday Quinta-feira
Vênus Viernes Venerdi Friday Sexta-feira
Saturno Sabado Sabato Saturday Sábado



Os meses: Sua origem em quase todos os calendários foram as fases lunares. Inicialmente os meses tinham 28 ou 29 dias, mas isso fazia com que o ano tivesse 12,5 meses o que dificultava um agrupamento coerente. Com o passar do tempo a comunicação foi se tornando mais fácil, a veiculação de calendários ficou mais simples e as dificuldades, de dividir o ano em meses, foram sendo solucionadas aos poucos. Houve então a tendência de uniformizar os calendários.

Assim, os meses deixaram de ter exatamente o número de dias das fases lunares para que o ano tivesse sempre 12 meses. A primeira idéia desses ajustes, no número de dias do mês, foi dos egípcios que dividiram o ano em doze meses de trinta dias cada um e mais cinco dias de festas para completar os 365 dias. O mês de fevereiro foi o único a ser preservado para coincidir com o número de dias das quatro fases lunares.

Você sabia que a data da Páscoa é calculada com base num calendário lunar, que é mantido pela igreja. É por isso que a data da Páscoa não é sempre a mesma de ano para ano.



O ano: Sua origem é comum em todos os calendários que é o período necessário para as estações do ano voltarem a se repetir. Essa repetição coincide com uma volta completa da Terra ao redor do Sol.

Fonte:cdcc.sc.usp.br

Como nasceu o computador

on quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Computador (ou ordenador) é uma máquina capaz de variados tipos de tratamento automático de informações ou processamento de dados. Exemplos de computadores incluem o ábaco, a calculadora, o computador analógico e o computador digital.

Um computador pode prover-se de inúmeros atributos, dentre eles armazenamento de dados, processamento de dados, cálculo em grande escala, desenho industrial, tratamento de imagens gráficas, realidade virtual, entretenimento e cultura.

No passado, o termo já foi aplicado a pessoas responsáveis por algum cálculo. Em geral, entende-se por computador um sistema físico que realiza algum tipo de computação. Existe ainda o conceito matemático rigoroso, utilizado na teoria da computação.

Assumiu-se que os computadores pessoais e laptops são ícones da Era da Informação[1]; e isto é o que muitas pessoas consideram como "computador". Entretanto, atualmente as formas mais comuns de computador em uso são os sistemas embarcados, pequenos dispositivos usados para controlar outros dispositivos, como robôs, câmeras digitais ou brinquedos.

As primeiras máquinas de computar


Pascaline, máquina calculadora feita por Blaise Pascal.
John Napier (1550-1617), escocês inventor dos logaritmos, também inventou os ossos de Napier, que eram tabelas de multiplicação gravadas em bastão, o que evitava a memorização da tabuada.

A primeira máquina de verdade foi construída por Ediin, sendo capaz de somar, subtrair, multiplicar e dividir. Essa máquina foi perdida durante a guerra dos trinta anos, sendo que recentemente foi encontrada alguma documentação sobre ela.

Durante muitos anos nada se soube sobre essa máquina, por isso, atribuía-se a Blaise Pascal (1623-1662) a construção da primeira máquina calculadora, que fazia apenas somas e subtrações.

A máquina Pascal foi criada com objetivo de ajudar seu pai a computar os impostos em Rouen, França. O projeto de Pascal foi bastante aprimorado pelo matemático alemão Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1726), que também inventou o cálculo, o qual sonhou que, um dia no futuro, todo o raciocínio pudesse ser substituído pelo girar de uma simples alavanca.

Todas essas máquinas, porém, estavam longe de ser um computador de uso geral, pois não eram programáveis. Isto quer dizer que a entrada era feita apenas de números, mas não de instruções a respeito do que fazer com os números.

Babbage


Réplica (parte) do Calculador Diferencial criado por Charles Babbage.
A origem da idéia de programar uma máquina vem da necessidade de que as máquinas de tecer produzissem padrões de cores diferentes. Assim, no século XVIII foi criada uma forma de representar os padrões em cartões de papel perfurado, que eram tratados manualmente. Em 1801, Joseph Marie Jacquard (1752-1834) inventa um tear mecânico, com uma leitora automática de cartões.

A ideia de Jacquard atravessou o Canal da Mancha, onde inspirou Charles Babbage (1792-1871), um professor de matemática de Cambridge, a desenvolver uma máquina de “tecer números”, uma máquina de calcular onde a forma de calcular pudesse ser controlada por cartões.

Tudo começou com a tentativa de desenvolver uma máquina capaz de calcular polinômios por meio de diferenças, o calculador diferencial. Enquanto projetava seu calculador diferencial, a idéia de Jacquard fez com que Babbage imaginasse uma nova e mais complexa máquina, o calculador analítico, extremamente semelhante ao computador atual.

Sua parte principal seria um conjunto de rodas dentadas, o moinho, formando uma máquina de somar com precisão de cinquenta dígitos. As instruções seriam lidas de cartões perfurados. Os cartões seriam lidos em um dispositivo de entrada e armazenados, para futuras referências, em um banco de mil registradores.

Cada um dos registradores seria capaz de armazenar um número de cinquenta dígitos, que poderiam ser colocados lá por meio de cartões a partir do resultado de um dos cálculos do moinho.

Além disso tudo, Babbage imaginou a primeira máquina de impressão, que imprimiria os resultados dos cálculos, contidos nos registradores. Babbage conseguiu, durante algum tempo, fundos para sua pesquisa, porém não conseguiu completar sua máquina no tempo prometido e não recebeu mais dinheiro.

Hoje, partes de sua máquina podem ser vistas no Museu Britânico, que também construiu uma versão completa, utilizando as técnicas disponíveis na época.
Junto com Babbage, trabalhou a jovem Ada Augusta, filha do poeta Lord Byron, conhecida como Lady Lovelace e Ada Lovelace.

Ada foi a primeira programadora da história, projetando e explicando, a pedido de Babbage, programas para a máquina inexistente. Ada inventou os conceitos de subrotina, uma seqüência de instruções que pode ser usada várias vezes, loop, uma instrução que permite a repetição de uma seqüência de cartões, e do salto condicional, que permite saltar algum cartão caso uma condição seja satisfeita.

Ada Lovelace e Charles Babbage estavam avançados demais para o seu tempo, tanto que até a década de 1940, nada se inventou parecido com seu computador analítico. Até essa época foram construídas muitas máquinas mecânicas de somar destinadas a controlar negócios (principalmente caixas registradoras) e algumas máquinas inspiradas na calculadora diferencial de Babbage, para realizar cálculos de engenharia (que não alcançaram grande sucesso).

A máquina de tabular

O próximo avanço dos computadores foi feito pelo americano Herman Hollerith (1860-1929), que inventou uma máquina capaz de processar dados baseada na separação de cartões perfurados (pelos seus furos).

A máquina de Hollerith foi utilizada para auxiliar no censo de 1890, reduzindo o tempo de processamento de dados de sete anos, do censo anterior, para apenas dois anos e meio. Ela foi também pioneira ao utilizar a eletricidade na separação, contagem e tabulação dos cartões.
A empresa fundada por Hollerith é hoje conhecida como International Business Machines, ou IBM.

Os primeiros computadores de uso geral


Z1, computador eletro-mecânico construído por Konrad Zuse.
O primeiro computador eletro-mecânico foi construído por Konrad Zuse (1910–1995). Em 1936, esse engenheiro alemão construiu, a partir de relês que executavam os cálculos e dados lidos em fitas perfuradas, o Z1.

Zuse tentou vender o computador ao governo alemão, que desprezou a oferta, já que não poderia auxiliar no esforço de guerra. Os projetos de Zuse ficariam parados durante a guerra, dando a chance aos americanos de desenvolver seus computadores.
Foi na Segunda Guerra Mundial que realmente nasceram os computadores atuais.

A Marinha americana, em conjunto com a Universidade de Harvard, desenvolveu o computador Harvard Mark I, projetado pelo professor Howard Aiken, com base no calculador analítico de Babbage. O Mark I ocupava 120m³ aproximadamente, conseguindo multiplicar dois números de dez dígitos em três segundos.

Simultaneamente, e em segredo, o Exército Americano desenvolvia um projeto semelhante, chefiado pelos engenheiros J. Presper Eckert e John Mauchy, cujo resultado foi o primeiro computador a válvulas, o Eletronic Numeric Integrator And Calculator (ENIAC)[2], capaz de fazer quinhentas multiplicações por segundo.

Tendo sido projetado para calcular trajetórias balísticas, o ENIAC foi mantido em segredo pelo governo americano até o final da guerra, quando foi anunciado ao mundo.

Fonte:Wikipédia

A origem do Natal

on segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O Natal é uma data em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Na antiguidade, o Natal era comemorado em várias datas diferentes, pois não se sabia com exatidão a data do nascimento de Jesus. Foi somente no século IV que o 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial de comemoração.

Na Roma Antiga, o 25 de dezembro era a data em que os romanos comemoravam o início do inverno. Portanto, acredita-se que haja uma relação deste fato com a oficialização da comemoração do Natal.

As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, pois este foi o tempo que levou para os três reis Magos chegarem até a cidade de Belém e entregarem os presentes (ouro, mirra e incenso) ao menino Jesus. Atualmente, as pessoas costumam montar as árvores e outras decorações natalinas no começo de dezembro e desmontá-las até 12 dias após o Natal.

Do ponto de vista cronológico, o Natal é uma data de grande importância para Ocidente, pois marca o ano 1 da nossa História.

Em quase todos os países do mundo, as pessoas montam árvores de Natal para decorar casas e outros ambientes. Em conjunto com as decorações natalinas, as árvores proporcionam um clima especial neste período.

Acredita-se que esta tradição começou em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Certa noite, enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta.

Esta tradição foi trazida para o continente americano por alguns alemães, que vieram morar na América durante o período colonial. No Brasil, país de maioria cristã, as árvores de Natal estão presentes em diversos lugares, pois, além de decorar, simbolizam alegria, paz e esperança.

O presépio também representa uma importante decoração natalina. Ele mostra o cenário do nascimento de Jesus, ou seja, uma manjedoura, os animais, os reis Magos e os pais do menino. Esta tradição de montar presépios teve início com São Francisco de Assis, no século XIII. As músicas de Natal também fazem parte desta linda festa.

O Papai Noel : origem e tradição

Estudiosos afirmam que a figura do bom velhinho foi inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas.

Foi transformado em santo (São Nicolau) pela Igreja Católica, após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele.

A associação da imagem de São Nicolau ao Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos, ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal.

A roupa do Papai Noel

Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. A roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto, criada por Nast foi apresentada na revista Harper’s Weeklys neste mesmo ano.

Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores do refrigerante. A campanha publicitária fez um grande sucesso, ajudando a espalhar a nova imagem do Papai Noel pelo mundo.

Curiosidade: o nome do Papai Noel em outros países

- Alemanha (Weihnachtsmann, O "Homem do Natal"), Argentina, Espanha, Colômbia, Paraguai e Uruguai (Papá Noel), Chile (Viejito Pascuero), Dinamarca (Julemanden), França (Père Noël), Itália (Babbo Natale), México (Santa Claus), Holanda (Kerstman, "Homem do Natal), POrtugal (Pai Natal), Inglaterra (Father Christmas), Suécia (Jultomte), Estados Unidos (Santa Claus), Rússia (Ded Moroz).

Fonte:suapesquisa.com

Como era viver sem eletricidade

on quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Até o século 19, todas as pessoas do mundo viviam sem eletricidade. Como não a conheciam, não lhes fazia falta. Ora, não havia computador, televisão, cinema, máquinas de lavar roupa, automóveis, iluminação pública nem residencial

As indústrias tinham motores que funcionavam com máquinas a vapor, assim como as ferrovias.

Dormia-se cedo e, se queriam sair durante à noite, as pessoas passeavam pelas ruas e praças das então pequenas cidades, a pé mesmo, fossem ricas ou pobres, onde havia a iluminação da lua cheia em alguns dias e alguns pontos onde tochas – e depois a iluminação a gás ou óleo de baleia – davam uma certa iluminação para não se ficar no mais profundo breu.

Sim, o breu, que ainda existe nas noites em que passamos eventualmente em pequenas casas de fazendas, onde apagamos a luz para dormir e a iluminação do lado de fora não existe ou está muito distante. Abre-se os olhos dentro de casa e não se enxerga nada... em algumas noites, mesmo fora ver alguma coisa na escuridão é quase impossível.

Um dia descobriu-se e colocou-se em uso a eletricidade. A lâmpada elétrica de Tomas Edison começou a iluminar as casas e ruas, apagando os lampiões a gás e as velas. É verdade que a eletricidade e a iluminação vieram aos poucos, começando pelas cidades, no final do século 19.

Primeiro nas grandes capitais, depois nas cidades menores. Em São Paulo chegou em 1900, mas é verdade que antes disso já havia alguma iluminação elétrica proveniente de pequenas usinas a gás. Em Santana de Parnaíba, veio em 1904. Em muitas cidades do interior, veio na primeira década do século 20 e continuou vindo pelas décadas seguintes.

No início, havia luz e eletricidade somente em parte do dia, sendo cortada pela fornecedora às 8 da noite e reacendida na manhã do dia seguinte. Em Parnaíba, por exemplo, somente em 1946 a eletricidade passou a ser contínua, 24 horas ao dia. Em cidades menores, pequenos sítios ou fazendas no interior também, era muito comum, mesmo nos anos 1970, a eletricidade existir durante a noite, mas “faiscando” como velas que diminuíam e aumentavam a chama.

Hoje em dia, creio que não há parte do Brasil – ou se há, são poucas – que não tenham eletricidade. Isso é possível, pelo menos no Brasil, porque a maioria da força vem de rios represados que formam barragens cada vez maiores para que possam gerar cada vez mais energia elétrica.

Hoje, ninguém quer que isso deixe de existir. Não se consegue mais viver sem energia elétrica – basta ver o mau humor das pessoas quando acaba a luz em casa por causa de alguma falha no fornecimento.

Discute-se todos os dias nos jornais o quanto cada nova usina – elas não param de ser projetadas – vai afetar o meio ambiente onde vão ser construídas. Todos querem impedir sua construção, mas ninguém quer ficar sem luz. Hoje li algo sobre a energia eólica em Camocim, no Ceará, que, apesar de “limpa”, como se diz, arrasa com uma grande área provocando uma série de transtornos.

As usinas hidrelétricas afetam o meio ambiente, claro. Ídem as nucleares, como a de Angra, estas por causa da questão de onde se colocar o lixo atômico e do perigo de um vazamento ou uma explosão de material radioativo. Energia solar é caríssima quando gera eletricidade.

O que fazer? Para os ecologistas que acham que podem viver sem ela, proponho criar uma área e que seja oferecida para eles e suas famílias se mudarem. Ali você poderia ter tudo o que quisesse – mas não teria eletricidade. Já pensaram doar uma área inteira do tamanho de um Estado médio brasileiro para se viver sem eletricidade? Afinal, não estou falando de pequenas comunidades que até podem existir e eu não saiba, como a dos quakers americanos.

O pior é que mesmo que isto fosse aceito e realizado, o número de pessoas e o tamanho da área sem eletricidade não seriam suficientes para se ter uma grande baixa na necessidade de novas construções de usinas de energia – sejam lá geradas por que matéria-prima for.

Enfim: destruiremos o mundo até onde for possível. O problema é se passarmos deste ponto e não percebermos. Pior do que isso, somente se descobrirmos de repente que esse momento já passou há anos...

Fonte:Blog do Ralph Giesbrecht