Invasão Holandesa - uma versão diferente

on domingo, 31 de outubro de 2010

- Eram aproximadamente 07:00h do dia 08 de maio de 1624, quando uma esquadra holandesa chegou de surpresa à Salvador, a capital da colônia. A esquadra era composta de 26 embarcações e trazia 1700 soldados e 1600 outras pessoas. Estava selada a Invasão Holandesa no Brasil.

( Quadro com Mauricio de Nassau )

O Governador da Bahia, Diogo de Mendonça Furtado, não teve tempo de organizar a defesa. A cidade de Salvador foi facilmente dominada pelos invasores. O governador foi feito prisioneiro em seu próprio palácio e depois enviado à Holanda como prisioneiro. O Bispo D. Marcos Teixeira conseguiu fugir para o interior do território e se utilizando de pregações religiosas contra o calvinismo holandês, foi organizando, pouco a pouco, exército para lutar contra os holandeses, usando a tática de guerrilhas: atacar de surpresa ao inimigo, evitando grandes conflitos.

Enquanto os colonos se organizavam em guerrilhas, uma poderosa esquadra foi enviada pelo governo espanhol ( nessa época Brasil pertencia à Espanha, que havia dominado Portugal por sucessão de dinastia ), no governo de Felipe IV, com 52 navios, aproximadamente 13000 homens, comandada pelo marquês D.Fradique de Toledo Osório. Era o dia 29 de março de 1625. Os holandeses foram cercados pelo mar e por terra, resistiram por pouco tempo e no dia 1º de maio de 1625 foram expulsos do Brasil.

NOVA INVASÃO HOLANDESA - PERNAMBUCO

O Prejuízo financeiro que a Cia. das índias Ocidentais teve com a expulsão ocorrida na Bahia, foi fartamente compensada em 1628, três anos depois, quando o comandante holandês PIET HEIN assaltou uma frota de navios espanhóis carregados de prata. Com os lucros do assalto, os sócios da Cia. Das Índias Ocidentais se animaram e traçaram um novo plano de ataque ao Brasil.

Uma poderosa esquadra com 56 navios, 3500 soldados e 3780 pessoas foi enviada para atacar Pernambuco, a mais rentável capitania da época devido a grande produção de açúcar. A frota chegou ao Brasil na manhã de 14 de fevereiro de 1630. Desembarcaram em Olinda, mais precisamente onde ficam hoje a Praia de Rio Doce, no Bairro Rio Doce, ao norte de Olinda.

O governador de Pernambuco, Matias de Albuquerque não esperava o ataque e tinha no máximo 500 homens para proteger a capitania.Tentou resistir, muitos de seus soldados, ao verem a enorme desvantagem numérica, correram, e o Governador Matias, com poucos soldados teve que fugir para não ser preso nem morto.

Matias de Albuquerque fugiu para o interior da capitania, indo instalar-se com seus soldados numa área distante do litoral. Lá construiu uma fortaleza para residir e servir de defesa contra possíveis inimigos. O local do batizado de Arraial do Bom Jesus, distante aproximadamente 15 kms do litoral. Hoje, o Arraial do Bom Jesus, é administrado pelo Governo do Estado e recebe constantemente visitas de turistas e alunos para pesquisas culturais e históricas. O Arraial do Bom Jesus fica no Bairro de Casa Amarela, na cidade do Recife.

De lá do Arraial , Matias e Albuquerque se utilizou da mesma tática de guerrilhas, para atacar o inimigo de surpresa, sem se expor a grandes conflitos. Assim, os holandeses, que haviam construídos alguns fortes de defesa, na cidade de Olinda e depois em Recife, sofreram grandes baixas pois não sabiam onde se localizam os inimigos locais.

A tática de guerrilha estava dando certo para os luso-brasileiros até que um fato marcou a história do Brasil e mudou totalmente a situação. Domingos Fernandes Calabar, proprietário de três(03) engenhos de cana-de-açúcar, na cidade de Porto Calvo, conhecedor profundo da região, decidiu passar para o lado dos holandeses, passando informações sobre o esconderijo de Matias de Albuquerque.

Este gesto de Calabar foi considerado por muitos historiadores como uma traição à Pátria, traição do Brasil. Outros historiadores questionam a traição perguntando que Brasil Calabar traiu ? Brasil português ? Brasil espanhol ? Quem era o patrão na verdade, se na época do fato o Brasil estava nas mãos da Espanha?. Era o ano de 1635.
Matias desistiu de lutar diante das dificuldades e fugiu com seus soldados para Alagoas ( Alagoas hoje, antes era Pernambuco, ele se dirigia em direção à Penedo), quando decidiu para em Porto Calvo, descobriu o endereço de Calabar, cercou a casa do mesmo e o prendeu, condenando-o à morte pela forca por traição. Era o dia 22 de julho de 1635.

Com a fuga de Matias de Albuquerque, a Cia. Das Índias Ocidentais passava a administrar toda a região conquistada. Mas a luta de vários anos havia deixado muitos engenhos falidos e a produção açucareira estava em baixa, o que era ruim para os negócios holandeses. Para modificar esta situação, o governo holandês enviou ao Brasil, um homem experiente no trato com pessoas e habilidade administrativa, o conde JOÃO MAURÍCIO DE NASSAU SIEGEN, nomeado governador-geral do Brasil Holandês. Era o ano de 1.637.

O GOVERNO DE MAURÍCIO DE NASSAU

Maurício era um homem que gostava de artes, da natureza, adorava plantas e animais. Até a chegada de Maurício, o governo do Brasil-Colônia não tinha sede própria, muitas vezes, as decisões políticas ou econômicas eram realizadas no Engenho São João, na atual cidade de Itamaracá, antes capitania de Itamaracá, pois este engenho era um dos mais rentáveis da capitania, na época. O engenho São João foi utilizado para filmagens do filme Menino de Engenho, do escritor José Lins do Rego.

Maurício trouxe da Holanda engenheiros, arquitetos, paisagistas e mandou construir o seu palácio de trabalho e residência. Foi construído o Palácio Friburgo, todo em madeira, com telhas importadas, na confluência dos rios Beberibe e Capibaribe, em Recife. O Palácio Friburgo foi construído de frente para os rios, pois Mauricio era amante da natureza, das águas. Atrás do palácio, ele construiu um enorme jardim, onde plantou flores e árvores diversas e criou pequenos animais.

Do Palácio Friburgo, Maurício admirava uma elevação noroeste do palácio, distante aproximadamente seis kms, muito bonita, com muitas árvores e grandes residências e igrejas, que foi chamada mais tarde de Olinda. Alguns historiadores alegam que o nome Olinda viria da admiração de Nassau pelo lugar, outros, entendem que Olinda é uma derivação de Holanda, por haver algumas semelhanças. De uma forma ou de outra, a vista do palácio é muito bonita.

Mauricio de Nassau fez um governo que atendeu as necessidades econômicas locais. Entre as diversas ações destacam-se :
- Concessão de créditos : A Cia das Índias Ocidentais concedeu crédito aos senhores de engenho em dificuldades financeiras, para que reaparelhassem os engenhos, recuperação de canaviais e compra de escravos,
- Tolerância religiosa : Mauricio de Nassau admitia tolerância religiosa. Diversas igrejas, como a católica, protestante, judaica, entre outras, puderam professar seus dogmas sem nenhuma perseguição,
- Obras urbanas : Depois da construção do Palácio Friburgo, construiu pontes, casas e o sistema hidráulico, obras sanitárias. No jardim do palácio construiu a cidade Maurícia em homenagem a si próprio.

Observação importante

O palácio atual, que é feito de alvenaria, com louças e outras peças importadas, foi reformado na época da expulsão dos holandeses. Foi modificado quase totalmente. A frente dele fica para a praça, que antes era o quintal do palácio e o quintal antigo, grande, com plantas e animais, hoje, tem uma praça ( Praça da República) o Teatro de Santa Isabel, o Fórum, algumas igrejas e casas comerciais. Antes, esse local era a Cidade Maurícia, hoje, é o Bairro Santo Antonio.

- Vida cultural : Maurício trouxe da Holanda, além de engenheiros, arquitetos, médicos, paisagistas, pintores e outros profissionais que não existiam no país para a realização das diversas obras que realizou.


A HISTÓRIA DO BOI VOADOR

Maurício precisava construir uma ponte mais forte entre a Cidade Maurícia e o Recife ( Recife, antes era só o espaço onde hoje é o Bairro do Recife, repleto de prédios antigos, perto do Cais), para facilitar e agilizar o tráfego entre Recife e o restante do continente. A única ponte que existia era estreita e não oferecia segurança. Nassau, mandou construir uma ponte de madeira forte, larga, bem resistente.

Foi construída a ponte ligando o Recife ao arco de entrada da Cidade Maurícia. Para conseguir recursos necessários para a construção da ponte, que foi a primeira ponte de grande extensão do Brasil, ele espalhou a notícia que um boi iria voar na inauguração da ponte. Muita gente colaborou com dinheiro e no dia da inauguração, que aconteceu a noite, Mauricio colocou um boi empanado, em tamanho original, pendurado numa corda quase transparente e com a iluminação precária da época, dava a impressão que o boi estava voado, atravessando de um lado para o outro por cima. Essa história ficou famosa e foi várias vezes retratada em bailes atuais de carnaval.

Mauricio de Nassau ganhou muito prestígio como administrador, porém a Holanda não via com bons olhos essa relação de Nassau com os senhores de engenho. Surgiram muitos problemas entre Nassau e os diretores da Cia das Índias Ocidentais. A Cia acusava Nassau de facilitar demais a vida dos senhores de engenho e querer enriquecer com as transações. Nassau acusava a Cia de ser rigorosa demais e dificultar a vida econômica da colônia. Esses desentendimentos terminaram com a saída de Nassau do Brasil, de volta à Holanda, em 22 de maio de 1.644.

A INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA

Em 1640, ainda no governo de Maurício de Nassau,um fato novo modificou o cenário europeu. O Duque de Bragança recuperou a coroa, que estava em mãos espanholas. Com o título de D.João IV, o duque subiu ao trono dando início a dinastia de Bragança e Portugal passou novamente a ser um país independente. Neste período, portugueses e holandeses estabeleceram uma trégua de dez(10) anos, que não chegou a ser cumprida.
Com a saída de Nassau, a administração holandesa passou a ser muito rígida, cruel e prepotente com todos no Brasil. A perseguição aos católicos era um fato constante, a cobrança judicial, ameaçadora das dívidas dos senhores de engenho aconteciam todo dia.

Os habitantes da colônia, insatisfeitos com essa situação provocada pelo Holanda após a saída de Nassau, organizaram um movimento para expulsar os holandeses. Neste movimento participaram ricos e pobres, comerciantes e moradores comuns.
No comando e na organização do movimento estavam : João Fernandes Vieira, rico senhor de engenho e antigo aliado dos holandeses; o negro Henrique Dias, que comandou um batalhão de negros; o índio Antonio Felipe Camarão, que chefiou um grande exército de índios; e o paraibano André Vidal de Negreiros, filho de portugueses. Duas grandes batalhas foram travadas.

As duas batalhas aconteceram num morro, que antes era mata fechada, hoje, local residencial, com uma igreja e de visitação turística. É o Morro dos Guararapes. A Batalha chamou-se Batalha dos Guararapes, durou aproximadamente quinze (15) dias de muita luta, com perdas de ambos os lados. Mas, os locais ( portugueses e brasileiros da colônia estava em maior número e saíram vitoriosos ). Era o ano de 1648.

Após a batalha, houve um período de calma entre as duas partes, até que um ano depois, nova batalha sangrenta entre portugueses e brasileiros contra holandeses. Novamente, vitória dos locais, até por que a Holanda, desgastada, não enviava mais reforços nenhum para o Brasil. Estávamos em 1649. Na única igreja do Morro dos Guararapes, de N.S. das Merces, encontram-se os restos mortais de Henrique Dias e Antonio Felipe Camarão. Anualmente o Governo do Estado de Pernambuco realiza uma festa de nove(09) noites com muitas atrações culturais e musicais, no local, em comemoração a expulsão dos holandeses do local.

HOLANDESES EM ITAMARACÁ
( Forte Órange )

Com a expulsão dos holandeses, de Recife, eles partiram a pé em direção ao Estado da Paraiba, com intenção de permanecerem por lá ou de lá , voltar para a Holanda, visto que em Pernambuco estava difícil para eles. No caminho para a Paraíba,decidiram ficar na Ilha de Itamaracá, grande produtora de açúcar da época. Derrubaram madeira e construíram um forte, que seria a residência,com capela e ao mesmo tempo local de alojamento para os soldados holandeses, desejosos de proteger o território contra os portugueses. Construiram o Forte Orange, em homenagem as cores da bandeira holandesa e a cidade de Orange, na Holanda. Ali viveram e lutaram por aproximadamente cinco (05) anos.

Para se protegeram de possíveis invasões por mar, importaram diversos canhões, que atiravam balas de ferro a uma distância de aproximadamente 200 metros. Os canhões eram muito pesados e foram transportados dos navios até o forte puxados por cordas e muitas pessoas, depois arrastado até os locais posicionados para a defesa do forte.

A BATALHA DE TEJUCUPAPO

Essa batalha aconteceu no atual município de Goiana, Estado de Pernambuco, distante aproximadamente 25kms do Forte Órange, de Itamaracá. Em 1646, ano do acontecimento, o distrito possuía apenas uma rua larga, uma praça ladeada por algumas casas simples e juma igreja no final, ( Igreja de São Lourenço ) como era de hábito nos interiores brasileiros. Os alimentos estavam acabando no Forte Órange e os holandeses precisavam sair para conseguir mantimentos. Era sair e enfrentar as forças inimigas, mas não tinha outra alternativa. Comandados pelo almirante Lichthant se deslocaram até Tejucupapo, povoado próspero em cana-de-açúcar, pertencente ao atual município de Goiana, Estado de Pernambuco, distante de Recife aproximadamente 70km, e distante de Itamaracá aproximadamente 20km.

Os holandeses esperavam encontrar farinha de mandioca e caju ( caju para combater o escorbuto que atacou muitos soldados holandeses) e na região era e ainda é rica em plantações de pé de caju. Os holandeses decidiram em dia de domingo, acreditando que os homens iriam ,de cavalo, à Recife nestas ocasiões vender os produtos nas feiras e o povoado ficaria desprotegidos, com apenas alguns velhos, mulheres e crianças.
Realmente a maioria dos homens não se encontrava no local, mas os holandeses não contavam com a reação das mulheres locais.

Quando se aproximaram do local foram vistos e rapidamente as mulheres Maria Camarão ( esposa de Felipe Camarão), Maria Quitéria, Maria Clara e Joaquina se organizaram para o ataque. Enquanto alguns poucos homens que restavam no povoado atiravam nos invasores mantendo-os à distância, as mulheres citadas ferveram água com pimenta em tachos de barro e quando os holandeses se aproximaram foram recebidos por dezenas de potes com água quente e pimenta nos rostos e nos olhos, o que provocou uma gritaria e desespero nos holandeses, que com os olhos ardendo, não conseguiam ver nada, não conseguiam fugir do local.

Assim, a golpes de pauladas e paneldas, aproximadamente 300 holandeses foram mortos na batalha, enquanto alguns conseguiram fugir desesperadamente do local. O fato aconteceu no dia 24 de abril de 1646. O governo do Estado de Pernambuco , juntamente com a prefeitura de Goiana, a cada ano, realizam festas com peças teatrais e musicais em homenagem as heroínas de Tejucupapo. Foi rodado um filme denominado “ Epopéia das Heroinas de Tejucupapo “.

As derrotas se sucederam para os holandeses. No ano de 1653, o governo português enviou ao Brasil uma esquadra comandada por Pedro Jacques de Magalhães, com objetivo de dar suporte ao governo local contra os holandeses. Uma parte dos holandeses fugiu para a Paraiba e Rio Grande do Norte e outra parte fugiu para o interior do estado, estabelendo-se na Campina da Taborda, no atual município de Vitória de Santo Antão, distante de Recife aproximadamente 55 km e ,lá foram enfrentados pelas forças do governo local e em 26 de janeiro de 1654, os holandeses se renderam na Batalha da Campina da Taborda, mas oficialmente se renderam no Tratado da Paz de Haia no dia 06 de agosto de 1661.

Os holandeses saíram do Brasil e foram para a América Central, notadamente nas Antilhas, onde plantaram cana-de-açúcar, com a experiência já adquirida e passaram a concorrer forte como açúcar brasileiro, na Europa.

Fontes: José Nicanor Filho, professor de História, radialista,guia turístico
Com informações de Cotrim, Gilberto-História e Consciência do Brasil, Wikipédia.

Morre arqueólogo que descobriu palácio do rei Herodes

on sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O arqueólogo israelense Ehud Netzer, que se tornou conhecido pela escavação do palácio de inverno do rei Herodes e descoberta da tumba do monarca, morreu ao sofrer uma queda. Ele tinha 76 anos.

A imprensa israelense menciou a morte de Netzer com destaque. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu divulgou um comunicado em que dizia ser "uma perda para a família e para os estudiosos da história de Israel e da ciência da arqueologia".

Netzer conversava com colegas no sítio arqueológico quando um corrimão de segurança de madeira se partiu e ele caiu a vários metros do chão. A queda ocorreu no domingo e, levado às pressas com ferimentos graves ao hospital, faleceu na quinta-feira. O funeral será realizado nesta sexta-feira.

As descobertas de Netzer ajudaram a expandir o conhecimento sobre Israel do passado, especialmente a história do rei Herodes que controlou a Terra Santa sob a ocupação romana imperial há dois milênios.

Fonte:Folha(29.10.10)

História de União dos Palmares

on domingo, 24 de outubro de 2010



União dos Palmares é um município brasileiro do estado de Alagoas.

Cidade pólo da região da zona da mata alagoana, União dos Palmares é banhado pelo Rio Mundaú.

Localizado a cerca de 73 quilômetros da capital, Maceió, União dos Palmares faz parte da microrregião Serrana dos Quilombos, e faz limites com Santana do Mundaú, São José da Laje, Ibateguara, Branquinha e Joaquim Gomes.

Com uma população estimada em 62.727 (2009) e um território de aproximadamente 427 km², União é considerada uma das principais cidades de Alagoas, e é conhecida por ser "A Terra da Liberdade", já que foi nela, mais precisamente na Serra da Barriga, onde foi dado o primeiro grito de liberdade, por Zumbi dos Palmares.

Cidade rica em história e banhada pelo lendário rio Mundaú, foi nela que nasceu o poeta Jorge de Lima e a professora e historiadora Maria Mariá de Castro Sarmento.

ECONOMIA

A economia do município tem as suas bases no binômio agricultura-pecuária, destacando-se, como um dos maiores produtores de cana-de-açúcar de Alagoas.

No setor industrial, o município conta com amplos recursos energéticos da usina hidroelétrica de Paulo Afonso, localizada no limite com o Estado da Bahia, sendo banhado pelo rio Mundaú e pelos riachos Macaco e Cana Brava.

Destaca-se, ainda, como um dos maiores produtores de banana do Estado, possuindo usina de açúcar e álcool, indústria de laticínios e plásticos, de cerâmicas em barro (olaria), piscicultura, suinocultura, avicultura (esta com as instalações mais modernas do país), seguido da pecuária que contribui de maneira relevante para a economia do município.

A feira-livre realizada 4 (quatro) vezes por semana, sendo a de sábado a principal, merece destaque por empregar grande parte da população, além do comércio de confecções, calçados, móveis etc.

Há ainda uma grande expectativa na formação de um pólo têxtil no município de União com a utilização de mão-de-obra local favorecendo o desenvolvimento e a qualificação profissional da região, através de parceria do SEBRAE, SENAI, SENAC e da Prefeitura Municipal de União dos Palmares.

EVENTOS

Os principais eventos festivos são: a Festa da Padroeira, Santa Maria Madalena (Janeiro e início de Fevereiro), a Festa do Milho (Junho, coincidindo com as populares festas juninas), a Festa da Consciência Negra (20 de Novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares) e a Corrida Palmarina do Jumento Alagoano (Último domingo de Dezembro).

INFRAESTRUTURA

O município conta atualmente com 05 (cinco) hotéis, 09 (nove) restaurantes, 07 (sete) posto de combustíveis, 03 (três) bancos federais, 02 (dois) hospitais, 03 (três) postos de saúde urbano, 05 (cinco) escolas privadas, 65 (sessenta e cinco) escolas públicas municipais, 05 (cinco) escolas públicas estaduais e 01 (um) Campus da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL).

Na comunicação, o município conta com a agência da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, jornais locais, emissoras de rádios (AG-FM, Farol FM e Zumbi FM), além de alguns blogs e sites jornalísticos.

No transporte, o município é servido pelas rodovias federais, BR-101 e BR-104, estaduais: AL-205 e pela ferrovia através da antiga Rede Ferroviária Federal S/A, atual CFN (Companhia Ferroviária do Nordeste).

TURISMO

A Serra da Barriga, principal palco do famoso Quilombo dos Palmares, hoje declarada Patrimônio Histórico do Brasil, está a cerca de 6 km da sede do atual município de União dos Palmares.

Por ser a terra natal de Jorge de Lima, o príncipe dos poetas alagoanos, dedica um museu à sua memória, a Casa Jorge de Lima.

Outro museu a ser visitado é a Casa de Maria Mariá, instalado na antiga residência da historiadora Maria Mariá de Castro Sarmento, onde se pode encontrar variedades de objetos que refletem a vida na zona da mata alagoana.

Vale salientar, também, a presença da comunidades quilombolas remanescentes Muquém, a 5 km do centro da cidade, onde se pode encontrar artesanato variado produzido pela comunidade quilombola que ali vive.

HISTÓRIA

União dos Palmares é considerado um dos mais antigos municípios de Alagoas. Os primeiros indícios de presença humana datam de finais do Século XVI, quando os negros fugitivos dos engenhos de açúcar dos atuais estados de Alagoas e Pernambuco chegaram à Serra da Barriga, onde instalaram a sede do Quilombo dos Palmares.

O Quilombo dos Palmares foi a primeira tentativa de vida livre promovida pelos trabalhadores africanos nas Américas, surgindo por volta de 1580, durando até 1695, ano em que foi morto Zumbi, seu principal líder, pelas forças comandadas pelo bandeirante Domingos Jorge Velho.

Tinha uma extensão média de 200 km², englobando terras da zona da mata dos atuais Pernambuco e Alagoas. Inicialmente, quando sede do Quilombo, a localidade chamava-se Cerca Real dos Macacos, provavelmente em referência ao Riacho dos Macacos.

Por volta de 1730, o português Domingos de Pino chegou à região, onde construiu uma capela dedicada a Santa Maria Madalena. Daí, o primeiro nome oficial do lugar: Maria Madalena.

Já no Império, quando da visita da Imperatriz Leopoldina, mudou-se o nome para Vila Nova da Imperatriz, em 1831, quando a vila ganha autonomia administrativa, após desmembrar-se do município de Atalaia. Assim chamou-se até meados do Século XIX.

Em 1889, recebe através de Decreto de Lei a condição de cidade e passa a chamar-se União pelo decreto de 25 de setembro de 1890. Essa mudança de nome se deve à união ferroviária entre Alagoas e Pernambuco.

Contudo, o nome definitivo da cidade só veio a ser dado em 1944, quando houve o acréscimo de Palmares ao nome da cidade, em homenagem ao Quilombo dos Palmares.

PERSONAGENS ILUSTRES

Vultos históricos
Antonio Gomes de Barros (político de grande prestígio)
Basiliano Olíbio de Mendonça Sarmento (patriarca da cidade)
Domingos de Pino (colonizador)
Zumbi dos Palmares (mártir e herói palmarino)

Filhos ilustres
Antonio Arecipo de Barros Teixeira (juiz, músico e escritor)
Carlos Povina Cavalcanti (político, escritor e jornalista)
Jairo Correia Viana (contador e historiador)
Jorge Mateus de Lima (médico, escritor, político e poeta)
José Correia Viana (político, contador e educador)
Maria Mariá de Castro Sarmento (historiadora, professora e jornalista)
Manoel Bezerra Correia de Oliveira (juiz de direito e poeta)
Paulo de Castro Sarmento (professor e promotor público)

Precursores da educação palmarina
Fernando Juazeiro, Filomena Medeiros e Luiza de França Gonçalves.

Palmarinos de coração (In Memoriam)
Clóvis Duarte de Barros (padre)
Dilson Moreira da Costa (professor e funcionário da estação ferroviária)
Donald Macgillivray (padre)
Padre Clóvis Duarte de Barros
Salomé da Rocha Barros (professora)
Valdemar Bezerra da Silva "Vavá Peixoto" (advogado, poeta, professor e desportista)

Fonte: Wikipédia

Biografia do Rei Pelé



Filho de dona Celeste Arantes e de João Ramos do Nascimento, conhecido futebolista no sul de Minas Gerais, alcunhado Dondinho, em 1945, mudou-se com a família para Bauru (São Paulo). O nome "Edison" foi escolhido pelo pai para fazer uma homenagem ao inventor Thomas Edison.[6]

Ainda criança manifestou a vontade de ser futebolista. Ironicamente a alcunha "Pelé" que serviu para identificar o jogador considerado o maior goleador de todos os tempos teve origem num goleiro. Em 1943 o pai de Pelé jogava no time mineiro do São Lourenço. Pelé, que então tinha três anos, ficava bastante impressionado com as defesas do goleiro da equipe do pai e gritava: "Defende Bilé". As pessoas próximas começaram a chamá-lo de "Bilé". Muitas crianças colegas do garoto Edison tinham dificuldade em pronunciar "Bilé" e com o tempo o apelido virou "Pelé".

Com onze anos já jogava em um time infanto-juvenil, o Canto do Rio, cuja idade mínima para participar era de treze anos. O pai então o estimulou a montar o seu próprio time: chamou-o Sete de Setembro. Para adquirir material, como bolas e uniformes, os garotos do time chegaram a furtar produtos nos vagões estacionados da Estrada de Ferro Sorocabana para vender em entrada de cinema e praças.

Posteriormente, viria a jogar no Baquinho, o time de maior referência da juventude do Pelé. O time principal era o Bauru Atlético Clube (BAC), da categoria principal da cidade e de onde derivou o nome do time juvenil. O convite para jogar no Baquinho partiu do Antoninho, que oferecia até emprego para os jogadores. Foi o Antoninho, ainda, quem dirigiu o primeiro treino do time. Depois, o Valdemar de Brito, famoso jogador do passado e técnico dos profissionais, passou a treinar a equipe. Foi ele quem levou o Pelé para a equipe do Santos, onde adquiriu fama internacional. Certamente, o brasileiro de maior projeção no exterior. Uma das pessoas mais conhecidas e reconhecidas no planeta.

Um fato que destacou a importância de Pelé no exterior foi quando de sua visita a África em 1969. No transcorrer da guerra civil na África, para que Pelé e o time do Santos FC transitassem em segurança entre Kinshasa e Brazzaville, as forças rivais declararam a interrupção das agressividades, chegando a ocorrer, numa região de fronteira, a transferência da delegação sob tutela de um exército para o outro.

Este fato fez lembrar o sonho do Barão Pierre de Coubertin ao fazer renascer os Jogos Olímpicos no século XX. Pois era costume na Grécia Antiga a decretação de um armistício quando da realização dos jogos olímpicos da época.

Pelé começou sua carreira no Santos FC, em 1956 e disputou sua primeira partida internacional com a seleção brasileira dez meses depois. Nos anos 1960 foi convidado para jogar fora do Brasil, na Europa, mas preferiu ficar no seu clube de coração, o Santos.[7]

Professor de Educação Física, formado em 1974, pela Faculdade de Educação Física de Santos (Universidade Metropolitana de Santos)

Na década de 1980, namorou a então aspirante a modelo Xuxa, sendo considerado o principal responsável pela projeção inicial dela na mídia. O mesmo período em que foram lançadas filmagens de Xuxa em um filme erótico chamado Amor, Estranho Amor. O filme com cenas polêmicas de Xuxa teve a exibição embargada na Justiça Brasileira anos depois, por iniciativa da própria atriz, que se tornara famosa e rica na TV e brasileira atuando como apresentadora infantil, e não por Pelé.

Foi ministro dos Esportes do Brasil de 1995 a 1998. Nessa época aprovou mudanças na Lei Zico, que passou a ser conhecida como Lei Pelé. A legislação, muito criticada pelos dirigentes de clubes brasileiros, na verdade segue em linhas gerais as diretrizes internacionais da FIFA para contratação de jogadores.

Em 2000, na conturbada eleição de Melhor Jogador do Século da FIFA, Pelé foi aclamado como o melhor de todos os tempos, a frente do craque argentino Diego Maradona.

Em 3 de março de 2004, revelou uma lista contendo os cem melhores jogadores de futebol vivos. Lista esta que gerou polêmica, e críticas de vários segmentos da mídia, de jogadores, e intelectuais do futebol mundial.

Em maio de 2005, Pelé ganhou espaço no noticiário por conta da prisão de seu filho Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, autuado sob suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas.

Fonte: Wikipédia